Encontro anual de índios faz com que Força Nacional seja acionada em Brasília

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirmou nesta quarta-feira, 17, que o emprego da Força Nacional de Segurança Pública na região da Praça dos Três Poderes e da Esplanada é um ato “preventivo” e para garantir a segurança do patrimônio público em função da previsão de manifestações na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Lógico.

A medida, com duração de 33 dias a contar desta quarta, foi determinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Boquinha de Fliperama Moro, à pedido do GSI.

Na nota, o gabinete do bota Augusto Heleno afirma que o procedimento está previsto no Protocolo Integrado de Segurança da Esplanada dos Ministérios do Governo do Distrito Federal e que o emprego da Força depende de autorização prévia do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“A solicitação do GSI ao Ministério da Justiça para o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) é de caráter preventivo e tem como objetivo garantir a segurança do Patrimônio Público União – Ministérios – e de servidores, em função da previsão de manifestações na Esplanada dos Ministérios.

Registramos que este procedimento faz parte da definição de atribuições que constam do Protocolo Integrado de Segurança da Esplanada dos Ministérios do Governo do Distrito Federal”, diz a nota.

Antes de mais nada, essa medida aparenta mais uma intimidação aos povos índigenas, já que seus cocares e suas danças apresentam o mesmo perigo que um liquidificador.

Resumindo, fica o climão de que os inimigos da nação devem ser observados atentamente em sua estadia em Brasilia.

Em vídeo publicado no twitter, o congressista Paulo Pimenta (PT-RS), criticou a iniciativa do ministro da Justiça “a implantação deste Estado de exceção, policial que tenta intimidar a luta do povo brasileiro”.

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Porque Moro e Bolsonaro estão com Medo?

Damos aquela bica:  2 eventos.

Nos próximos dias acontecerá o Acampamento Terra livre(ATL),  uma jornada anual que reúne milhares de lideranças indígenas de todo o país entre 24 a 26 de abril na capital.

Logo depois é o fatídico dia primeiro de maio, que fala por si só.

A maior mobilização de povos indígenas do Brasil será realizada em meio a uma grande ofensiva contra seus direitos, ameaças e violência contra lideranças e o sucateamento dos órgãos responsáveis pelas políticas públicas indigenistas.

Neste ano, o mote do acampamento é “Sangue indígena. Nas veias, a luta pela terra e território”.