Há um senso comum de que “o pior cego é aquele que não quer ver”.
Infelizmente essa máxima é a realidade de muitas pessoas quando o assunto é se informar, gerando muitos transtornos para quem toma pra si esse senso, principalmente ao tratar-se de política.
Uma certa acomodação quando o assunto é política e conhecimento, nos tornou suscetíveis a verdades construídas a cumprir interesses alheiros, pois nunca nos ofereceram um manual transparecendo qual processo essa tal verdade passou ou que fontes foram buscadas, especifícamente. E com a ausência de conhecimento, dificilmente utilizaremos da história como fator decisivo.
É nesse cenário que uma candidatura pregada pelo medo como forma de colocar as pessoas em casa, e pela farsa como forma de convencimento e incentivo ao plano da ação de seus seguidores ganhou força.
Na história da filosofia, sempre esteve presente a discussão entre a busca pela verdade. A verdade só cumpri sua função, se for no caminho oposto à farsa pelos fatos e estiver acompanhada da união entre a moral e o conhecimento, o que faz com que o discurso de Jair de politicamente incorreto, seja completamente contraditório para politicar.
De forma superficial é possível ver que ao colocar a verdade no altar junto a um deus oculto ou espaço divino, resulta em uma segregação do conhecimento, pois ao estabelecer uma fonte determinada e privada de informação, onde esta alocada a verdade, gera o que chamamos de preconceito dos filósofos, onde tudo que não saia dessa caixa dos altos sacerdotes, esta atrelada ao profano e a inverdade, seja direta ou indiretamente, dependendo da dialética do seu pastor, sem nenhum tipo de debate com outros setores da sociedade de forma transparente.
Podemos dissertar por séculos, como já é feito, sobre o conceito de verdade, mas devemos concordar que a nossa escolha sobre como enxerga-la não é algo do mundo metafísico e está aí, mais viva do que nunca, podendo alterar completamente a direção do nosso progresso.
Da mesma forma que a religião, outros nomeados como detentores do saber estabeleceram suas verdades de acordo com suas convicções e necessidades. A verdade é algo a ser construída, apenas se nela estiver atrelada ao progresso da moral e os laços políticos de uma sociedade democratica. Não basta sermos animais racionais para seguirmos automaticamente um futuro no mínimo desejável, precisamos ergue-la, com uma base sólida.
Todo esse caminho para mostrar esse ponto de vista, de que a verdade não é algo adquirido espontaneamente, que essa discussão é algo milenar, de Nietzsche à Aristóteles, mas que está tão presente em nossas vidas como passas no natal.
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Bolsonaro Caixa 2 e fake news.
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A l i n n e M a r t i n s
Bacharela em artes e design pela UFJF, mob.acadêmica em Design pela UFPR. Atualmente diretora de arte, jardineira e está na batalha pelo seu mestrado na área de arte, política e cultura latina.